Mostrando postagens com marcador Inteligência Competitiva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Inteligência Competitiva. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Busque excelência em suas equipes - Lições em salas de espera sobre empreendedorismo

Ultimamente tenho dedicado grande parte do meu tempo de espera em salas de aeroporto e vôos à leitura de livros que dizem respeito ao Google, à Apple além de outros sobre o novo paradigma de modelo de negócios e desenvolvimento de produtos que passou a existir após coincidentemente o BOOM dessas empresas.


Sinceramente não sei se a palavra coicidentemente que utilizei deveria ser escrita entre aspas, por que estas duas empresas seguiram a cauda de um movimento que estava se definindo e devido à uma atitude extremamente inteligente e inovadora no que diz respeito aos modelos de negócio e gestão de pessoas rapidamente deixaram de ser seguidoras desta "cauda" para se tornarem líderes nesta nova indústria. Criou-se uma magia em torno delas, não importa o quão visionária uma idéia ou produto possa ser, a priori, estas são prontamente aceitadas com entusiasmo pelos usuários.

Inovação, excelência em produto, sorte, enfim, não é minha intenção discutir as razões sócio-político-econômicas que levaram estas duas empresas, pelas quais confesso que tenho especial admiração, a se tornar o sucesso absoluto que são hoje; porém a verdade esta escancarada, o caminho do sucesso como do fracasso é conhecido, mesmo assim todos enfrentamos dificuldades para trilhar o nosso caminho de sucesso e digo mais, todos que estão na cauda desse movimento enfrentam absolutamente os mesmos desafios e dificuldades que nós.

Esta pequena introdução foi só para que todos saibam de onde vem minha inspiração para seguir-me motivado. Recentemente estava lendo uma matéria reveladora sobre empreendedorismo e entendi que ser empreendedor esta longe de apenas ter coragem de iniciar outro projeto paralelamente ou de forma disruptiva ao emprego convencional. Nesta ótima reportagem da Revista Voce SA, apreendi o conceito maior de empreendedorismo, de uma forma simples – como as boas definições deveriam ser – ser empreendedor é saber se manter motivado, preparado e atento para identificar as melhores idéias e oportunidades que muitas vezes passam desapercebidas, reuni-las, entender uma oportunidade maior e realizá-la, alcançando assim o sucesso. Pois bem, temos uma fórmula para o sucesso, ser empreendedor nos levará ao sucesso, mas como ser empreendedor sem abrir uma loja de armarinhos?

A resposta está  nas pessoas. É preciso sempre buscar a excelência nos nossos processos, produtos, na nossa comunicação e principalmente em nossas equipes. Então por que deveríamos tolerar atitudes medíocres? Temos que manter a média de competência o mais alta possível, profissionais ruins estão sempre acomodados, desmotivados e por conseqüência pouco podem somar à busca do sucesso. Eles têm dificuldade em mostrar seu valor e sempre tecem comentários que desvalorizaram os seus companheiros e o ambiente de trabalho; numa tentativa desesperada de diminui a média até seu nível. Pois bem, a tolerância à este tipo atitude pode fazer com que a empresa perca seus melhores valores. Os melhores, os empreendedores sempre buscarão as melhores oportunidades, melhor seria ajudando a organização na busca do sucesso conjunto; porém quando o bom profissional se sente injustiçado, desvalorizado em relação ao mau profissional, esta busca por novas oportunidades se dará em outro ambiente que não o que a empresa lhe proporcia.


É necessário criar um ambiente ótimo para os bons profissionais, onde os melhores valores da organização possam exercitar seu empreendedorismo. Temos que aumentar a média de excelência das nossas equipes, abaixo o job simulation, devemos resolver ou banir o desempenho e as atitudes medíocres, dessa maneira muitas das perguntas, dúvidas e incertezas poderão ser resolvidas de uma maneira muito mais natural e criativa facilitando a conquista do tão almejado sucesso.

sábado, 14 de novembro de 2009

Haja como se tivesse concorrentes, mesmo sem tê-los!

Muitas empresas se vangloriam de atuarem em mercados sem concorrência, ou em que são líderes absolutos com grande distância com relação aos demais players. Sem dúvida isto é muito bom e permite que a empresa se desenvolva sem os riscos associados à existência de concorrentes significativos.

Por outro lado, não ter concorrentes faz com que a empresa não se preocupe com alguns aspectos fundamentais, tanto para a satisfação dos clientes quanto para se preparar para quando houver concorrentes. Na verdade, esta não é a regra, é claro que tem empresas que se preocupam da maneira correta. Mas sem dúvida é o jeito mais cômodo.

Há diversos exemplos - principalmente nos setores onde há monopólio, oligopólio ou grandes players consolidados - em que o consumidor usa um determinado produto por falta de opção e não gosta da empresa nem do serviço prestado. Vide a quantidade de comunidades do tipo "Eu odeio a empresa X", "Eu odeio o produto Y" nas redes sociais onde o cliente tem oportunidade de se expressar quase que livremente.

Odeio a empresa X e o produto Y, mas sou obrigado a utilizá-la porque não tenho opção. Esta situação pode até ser sustentável no curto prazo, mas no longo prazo certamente não é. Abre espaço para empreendedores resolverem concorrer, sem os vícios e as fraquezas que sua empresa possui (até porque eles já os conhecerão, basta ler no Orkut, Twitter, Facebook, etc.)

Alguns aspectos que não podem ser deixados de lado, mesmo sua empresa sendo líder:

- atendimento ao cliente e serviço pós-vendas: o cliente que usa seu serviço ou produto pode precisar falar com você, e você deve facilitar este contato. É através deste feedback que você poderá melhorar seu produto, atender melhor seu cliente e deixá-lo satisfeito.

- desperdícios: sendo líder, você muito provavelmente terá ótimos resultados absolutos do ponto de vista de faturamento e lucro. Não deixe de controlar suas despesas e de focar seus investimentos. Não aumente seus custos fixos indiscriminadamente desperdiçando recursos. Sua empresa se tornará mais "pesada" e terá dificuldade em executar ações rápidas quando for necessário (sim, alguma hora será necessário!). Além disso, obviamente, a empresa "perde" uma grande oportunidade de aumentar sua lucratividade, o que satisfaria a seus acionistas e funcionários.

- otimização de processos: sem concorrentes, sua empresa corre o risco de achar que não tem parâmetros de mercado para avaliar sua eficiência. Diversos parâmetros podem ser comparados com empresas de outros setores, ou até mesmo de outros países. Não ter concorrentes não é motivo para não acompanhar o andamento de métricas relevantes ao seu mercado. Não é porque está tudo bem que os indicadores não precisam ser medidos e acompanhados.

- qualidade dos profissionais: apesar de não estar ameaçada, a empresa deve sempre procurar manter somente os melhores profissionais em seu quadro. Ter somente os melhores impacta na motivação dos funcionários, na produtividade e em seu desejo de trabalhar pela empresa. Manter funcionários mediocres fará a empresa entrar num ciclo vicioso em que os mediocres se multiplicarão, e os acima da média estarão sempre procurando outras oportunidades.

- qualidade dos sistemas: não ache que está tudo bem se seu sistema leva 5 horas para fazer algo que deveria ser feito em 1. Seus clientes irão reclamar. Mesmo que ninguém faça em 1 hora, se você fizer, será elogiado e recomendado. Clientes satisfeitos continuam clientes - mesmo quando os concorrentes aparecerem.

Não é porque sua empresa é lucrativa e não tem concorrentes que você pode dirigí-la "de qualquer jeito". Os concorrentes podem surgir quando você menos espera, através de tecnologias disruptivas, podem vir de outros países, podem ser pequenas empresas que começam a crescer ou a comprar outros pequenos players e se consolidar, e, nesta hora, mudar alguns aspectos da cultura de seu empresa pode ser mais complexo do que você imagina. Num mercado em que há concorrência, todos estes fatores acabam se ajustando, porque o cliente sempre tem a opção de mudar de fornecedor. Num mercado sem concorrência, o cliente fica refém das empresas. Não deixe sua empresa chegar nesta situação.

Não é porque sua empresa é um bom lugar para se trabalhar que ela não poderia ser ainda melhor. Não é porque sua empresa tem recursos sobrando num determinado momento que eles serão ilimitados para sempre. Não é porque sua empresa tem muitos clientes que ela não precisa tratá-los bem. Não é porque seus clientes compram produtos de sua empresa que eles não poderiam comprar mais, desde que estejam satisfeitos. E, finalmente, não é porque sua empresa é lucrativa que ela não poderia ser ainda mais lucrativa!

E, hoje em dia, com a globalização, os cartões de crédito internacionais, a logística de entregas internacionais, a Internet, etc., você realmente acha que sua empresa não tem concorrentes???



FONTE: Tecnologando